A Coréia do Norte disparou dois mísseis de curto alcance nesta terça-feira, depois do teste nuclear e dos três mísseis lançados na segunda-feira, elevando ainda mais a tensão com a comunidade internacional, que deseja mais firmeza nas ações contra o regime norte-coreano.
Na segunda-feira, o Conselho de Segurança da ONU condenou o teste nuclear, qualificando o mesmo de "clara violação das leis internacionais", e decidiu preparar uma resolução que deve conter novas sanções contra o regime de Pyongyang.
A Coréia do Norte já havia lançado três mísseis na segunda-feira e disparou outros dois nesta terça-feira, um míssil terra-ar e um míssil terra-mar na costa leste, perto da cidade de Hamhung, com alcance de 130 km, infirmou a agência de notícias sul-coreana Yonhap.
"Os serviços de inteligência estão analisando os motivos dos disparos", afirmou uma fonte da presidência sul-coreana.
O teste nuclear de segunda-feira foi muito mais potente que o de outubro de 2006, informaram os governos do Japão e Rússia, ao mesmo tempo que analistas consideraram que a potência foi equivalente às bombas atômicas lançadas pelos Estados Unidos sobre Nagasaki e Hiroshima em 1945.
"Os membros do Conselho manifestaram sua firme oposição e sua condenação ao teste nuclear realizado neste 25 de maio de 2009 pela Coréia do Norte, que constitui uma clara violação da resolução 1718", disse o embaixador da Rússia na ONU, Vitaly Tchourkine, que preside o organismo em maio.
"O Conselho decidiu iniciar imediatamente os trabalhos sobre uma nova resolução sobre o caso, de acordo com suas responsabilidades previstas na Carta das Nações Unidas".
Vários diplomatas ocidentais manifestaram o desejo de que a futura resolução inclua novas sanções contra o regime comunista da Coréia do Norte.
Uma fonte diplomática russa afirmou nesta terça-feira em Moscou que o Conselho de Segurança da ONU reagirá com firmeza, mas não isolará o regime comunista.
"A adoção de uma resolução dura pelo Conselho de Segurança da ONU é inevitável. A reação deve bastante séria porque está em jogo o prestígio do Conselho de Segurança", declarou o funcionário do ministério russo das Relações Exteriores, que pediu anonimato.
"Não se trata de um bloqueio, de isolamento ou de cordões sanitários. A porta das negociações deve estar sempre aberta", completou.
"As sanções farão apenas que a tensão aumente", destaca o site do jornal Chosun Sinbo, uma publicação pró-Pyongyang publicada no Japão.
"Não importa o tamanho das pressões, a RDPC nunca mudará seu atual curso", acrescenta o jornal.
O presidente americano, Barack Obama, afirmou que a comunidade internacional deve adotar ações contra a Coréia do Norte e chamou de "irresponsável" o teste nuclear anunciado por Pyongyang, que representa "uma ameaça à paz e à segurança internacional".
Em Hanói, Os ministros das Relações Exteriores da União Europeia (UE) e da Ásia, que participam em uma reunião da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), condenaram o teste nuclear da Coréia do Norte e exigiram a Pyongyang que não realize outros.
A Coréia do Sul infomou que espera verificar o segundo teste nuclear em alguns dias, analisando as mostras de ar para encontrar rastros de partículas radioativas.
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