SÃO PAULO - Os problemas do Banco Panamericano que levaram o Grupo Silvio Santos - controlador da instituição - a recorrer ao Fundo Garantidor de Crédito para um aporte de R$ 2,5 bilhões são uma "situação lamentável", afirmou hoje o presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto. "O Brasil não pode mais comportar situações desta natureza", afirmou, durante teleconferência com a imprensa para comentar o balanço trimestral da bolsa.
Para o executivo, a questão não deve afetar diretamente os negócios na bolsa. "A primeira análise que faço é de que o impacto será localizado", disse. Edemir destacou o fato de o Banco Central já estar atento à situação para adotar as soluções adequadas.
Segundo o presidente da BM&FBovespa, os problemas do Panamericano estão ligados a governança corporativa. Ele comparou o caso do banco às perdas enfrentadas por várias companhias brasileiras com derivativos cambiais, em 2008, e lembrou que, desde então, a bolsa procurou aperfeiçoar as regras para as empresas listadas nos segmentos diferenciados de governança - Níveis 1 e 2 e Novo Mercado.
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