terça-feira, 11 de novembro de 2014

WhatsApp Brasileiro - ‘Infringe a privacidade’, diz criador do ZapZap sobre WhatsApp ‘dedo-duro’

Lançado em maio, ZapZap já é usado por 1,4 milhão de pessoas.
'São brasileiros falando com brasileiros', diz o criador, Erick Costa.

O ZapZap também difere pelo que não tem. Implementada pelo na quarta-feira (5), a função do WhatsApp que mostra se as mensagens foram lidas, por exemplo, nem é cogitada. “Os meus usuários não são muito a favor disso”, diz Costa.
Dentre as novidades que por vir estão a versão do aplicativo para iPhones e iPads. Segundo Costa, o desenvolvimento dela é conduzido por uma "equipe asiática, na China, porque a mão-de-obra lá é mais barata" (Veja aqui a versão para Android)


O novo recurso “dedo-duro” do WhatsApp, que mostra se as mensagens enviadas foram lidas, não desagradou somente aos usuários do aplicativo. O criador do ZapZap, o “clone” brasileiro do app comprado pelo Facebook, também não gostou da novidade. “Isso infringe a privacidade do usuários”, disse ao G1 o programador paraense Ericky Costa.
O aplicativo brasileiro que surgiu no rastro da brincadeira de apelidar o WhatsApp de “Zapzap” já conta com público cativo: são 1,4 milhão de pessoas conectadas. Costa não esconde se tratar de um clone. "Até o nome partiu dele”, diz. Mas acrescenta ter criado identidade própria: “só que agora já temos registro da marca”.
Criado em maio a partir do código-fonte do aplicativo de mensagens “Telegram”, o ZapZap, assim como o WhatsApp, envia mensagens, vídeos, fotos e áudios. As similaridades param por aí. São características próprias do app: pode ser acessado no computador e em navegadores de internet; envia arquivos de todo tipo, de até 1 GB (Gigabyte); permite GIFs, conversas anônimas e mensagens que se autodestroem.

Zapclone
Além disso, há pouco mais de um mês, o app ganhou três funções que o aproximaram de uma rede social. O Zap Grupos permite a criação de correntes públicas de conversa com até 2 mil pessoas. No Zap Mural é o espaço em que os usuários podem publicar fotos, que, ao serem “curtidas” por outras pessoas, podem ajudar a iniciar novas conversas. Esse recurso já conta com 700 mil mensagem. Com Zap Mapas, podem dar “check-in” nos locais em que estão; a informação é mostrada para outros usuários que estiverem no lugar.
As funções lembram as de outro app, o WeChat. A inspiração, no entanto, é negada por Costa. “Não é que eu me inspire, até porque, vou ser bem sincero, nunca instalei o WeChat. Eu faço o que meus usuários querem e me falam por e-mail”, diz. Ele diz incluir no aplicativo novidades pedidas por indivíduos. “Isso que é legal porque são brasileiros falando com brasileiros.”
Lá na China
Estar por trás de um aplicativo “clonado” não incomoda. “É hipocrisia minha dizer para não instala o WhatsApp. Aplicativo você pode ter todos. Uma hora você vai precisar do WhatsApp, outra hora do ZapZap. Até porque eles têm 50 milhões de usuários. É legal essa concorrência.”

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